Mesquita de Foz do Iguaçu é iluminada em solidariedade ao povo libanês

Ato na noite deste sábado (08) foi em alusão à explosão no porto de Beirute, que deixou 158 mortos e mais de três mil feridos.

A Mesquita Omar Ibn Al-Khattab, no Jardim Central, em Foz do Iguaçu, foi iluminada na noite de sábado (08) com uma projeção especial com as bandeiras do Líbano e do Brasil. O ato foi realizado em solidariedade ao povo libanês, que sofreu uma tragédia na última semana, com 158 mortos e mais de três mil feridos após explosão de um carregamento de nitrato de amônio no porto de Beirute.

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A iniciativa foi do Centro Cultural Beneficente Islâmico (CCBI) de Foz do Iguaçu. O xeque Oussama El Zahed, o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, a vereadora Anice Gazzaoui, o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu (Acifi), Faisal Ismail, o presidente do CCBI, Mohamad Baha Rahal, e outras lideranças da comunidade árabe, estiverem presentes.

A cúpula da mesquita foi iluminada com uma imagem da bandeira do Líbano. Por quase duas horas, o templo religioso islâmico ganhou as novas cores vermelha e branca, que se misturaram à luz verde das torres. Em determinados momentos, a bandeira do Brasil foi somada à imagem.

A projeção de luz será mantida na Mesquita nos próximos dias, das 18h30 às 22h30, como forma de reiterar o apoio ao povo libanês após a tragédia ocorrida no último dia 04, quando houve a explosão que deixou, também, cerca de 300 mil pessoas desabrigadas.

“Quero agradecer a todos que vieram participar deste ato. Essa iniciativa vem mostrar nosso sentimento de apoio ao povo libanês, que foi afetado por essa explosão no dia 04. Estamos tristes pelo ocorrido, porque temos muitos parentes e amigos lá. Felizmente, não tivemos nenhum caso de vítima ou ferido daqui de nossa cidade, já que muitos libaneses foram passar férias no Líbano”, destacou o líder religioso da mesquita.

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Oussama El Zahed, de origem libanesa, também criticou as autoridade do país. “Meu país, o Líbano, vive um momento político que merece repúdio, por conta do abandono ao povo, e os casos de corrupção”, disse.

O prefeito Chico Brasileiro, por sua vez, afirmou que “Foz do Iguaçu está consternada com o fato ocorrido em Beirute. O Líbano é como se fosse uma extensão de nossa cidade, porque temos milhares de famílias libanesas que ajudaram a construir Foz do Iguaçu. Que o povo libanês possa receber nossas orações neste momento de sofrimento”.

A vereadora Anice Gazzaoui, também de origem libanesa, manifestou solidariedade ao povo atingido pela tragédia. “É um momento de sofrimento que exige muita oração para as famílias que perderam seus entes ou que estão hospitalizados. Temos a agradecer o apoio dos brasileiros, em especial dos iguaçuenses, para que o povo libanês supere essa tragédia”, avaliou.

Foz do Iguaçu tem a segunda maior concentração de árabes e descendentes do Brasil, atrás de São Paulo, com cerca de 20 mil pessoas, boa parte dos quais, oriundos do Líbano e com familiares ainda residentes no país.

RCI, com Agência Municipal de Notícias.