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Novo LIRAa aponta alta na infestação do mosquito da dengue em Foz do Iguaçu

Postado em 24/09/2020 por

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*Fonte imagem : Novo LIRAa aponta alta na infestação do mosquito da dengue em Foz do Iguaçu*


Presença de exemplares adultos do Aedes Aegypti foi detectada em um em cada seis imóveis.

Imagem: Agência Municipal de Notícias (Arquivo).

O quinto Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) de 2020, realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) mostra uma alta no índice de infestação da forma adulta do mosquito e coloca a cidade em alto risco para epidemias.

Com 538 casos notificados e 82 confirmados, o município já iniciou o ano epidemiológico 2020/2021 acima da média dos outros anos. Assim como registrado no Estado do Paraná, Foz do Iguaçu também apresentou circulação simultânea de três sorotipos virais, havendo até aqui a predominância do DENV-2 em relação aos sorotipos DENV-1e DENV-4.

No novo LIRAa, feito entre os dias 14 e 18 de setembro, foram verificados 4.807 imóveis do município e realizada a leitura de 2.499 armadilhas. Analisadas, as amostras apresentaram Infestação Predial (IIP) de 0,85% nas forma imaturas do mosquito e 16,60% do Índice Predial de Armadilhas (IPA), que detecta exemplares adultos.

O IIP tem como base o levantamento dos diversos depósitos/criadouros positivos para as formas imaturas (larvas e pupas) do vetor, classificando o município em “baixo risco” para epidemias das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, segundo os critérios de classificação do Ministério da Saúde. O resultado desse indicador demonstra que menos de 1% dos imóveis vistoriados continham criadouros do mosquito.

No entanto, o IPA indica que a cada 100 armadilhas lidas, em aproximadamente 17 foram capturados mosquitos, estando o município em “alto risco” para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes, segundo o mesmo critério de classificação.

Com período registrando pouca chuva, a opção utilizada pelo mosquito foi por depósitos maiores de água, como caixas, tonéis, cisternas entre outros.

“Esses locais são justamente utilizados para o armazenamento de água, e por isso são considerados criadouros permanentes. Quando não cuidados adequadamente acabam se tornando uma ótima opção para o desenvolvimento de formas jovens do Aedes aegypti”. ressalta Carlos Eduardo de Santi, coordenador do CCZ.

“Outra situação verificada foi a quantidade de piscinas positivas. Isso é resultado do fato de que nesta época do ano, devido ao seu pouco uso, muitos proprietários não fazem corretamente o tratamento da água, permitindo assim a proliferação do vetor”, completa Santi.

Com a incidência de casos notificados de dengue acima do limite superior esperado para o atual período, e com comportamento epidemiológico similar ao registrado no último ano epidemiológico (2019/2020), quando foi registrada a maior epidemia da cidade, as ações serão intensificadas com a fiscalização a imóveis abandonados, aplicação de inseticida (fumacê), limpeza de terrenos baldios, lagos e rios, desobstrução de bocas de lobo, bem como o trabalho de orientação e fiscalização casa a casa.

A participação da população é fundamental neste processo, com a limpeza de quintais e terrenos, eliminando possíveis criadouros do mosquito, destaca o CCZ.

RCI, com informações do CCZ.

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