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Ação envolvendo indígenas Avá-Guaraní e usina de Itaipu é extinta pelo STF
Postado em 31/10/2019 por plug-suporte
*Fonte imagem : Ação envolvendo indígenas Avá-Guaraní e usina de Itaipu é extinta pelo STF*
Divulgação / Itaipu Binacional
Alexandre de Moraes, Ministro do Supremo Tribunal Federal determinou a extinção da Ação Cível Originária (ACO) 3.300, que pedia a reparação por supostos danos causados aos indígenas avá-guarani que residiriam na região durante a construção da usina de Itaipu, entre 1978 e 1982.
A ação ajuizada no início de setembro pela ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge tinha como réus a União, o Estado do Paraná, a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Itaipu Binacional.
O requerimento apresentado pelo procurador geral da Republica, Augusto Aras, pondera que, apesar de “inegável a relevância social dos fatos que compõem a causa de pedir da presente demanda (…), o adequado exercício da pretensão coletiva carece da continuidade de estudos prévios, em atenção ao princípio processual da tutela específica”.
O procurador-geral observa ainda que “as questões fáticas e jurídicas postas são dotadas de elevada complexidade” e envolvem valores elevados. Ele também cita a petição inicial da ação, que reconhece ser “difícil listar com exatidão a quantidade de aldeias ou parcialidades que havia no momento exato do alagamento de Itaipu”.
Augusto Aras ressalta também que “tal cenário pode conduzir ao risco de inefetividade de um eventual juízo de procedência dos pedidos, em especial se consideradas as dificuldades para a fiel identificação dos sujeitos beneficiários”.
O procurador-geral da República conclui o requerimento endereçado ao ministro Alexandre de Moraes defendendo a continuidade dos estudos técnicos “voltados à adequada solução da questão jurídica posta”, para avaliar a necessidade ou não de ajuizamento de nova demanda.