Vereadores exigem segurança para trabalhadores e clientes em reabertura do comércio de Foz

Reprodução / Câmara Municipal

A pandemia do novo coronavírus trouxe algumas discussões à tona, como a crise econômica que se instala com a paralisação das atividades econômicas dada a medida de isolamento social como a forma mais efetiva de contenção da propagação do vírus.

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Nesse sentido, por meio de requerimento formal, aprovado nesta segunda-feira (6) na sessão virtual, os vereadores cobram ao Executivo quais serão as medidas de controle sanitário adotadas quando da reabertura gradual do comércio em Foz do Iguaçu e como será feita a fiscalização desses locais.

O requerimento 95/2020 é de iniciativa do vereador Luiz Queiroga (PTB), membro da Comissão de Indústria, Comércio e Assuntos Fronteiriços, em conjunto com o vereador Jeferson Brayner (PSD). “Não podemos nos furtar da responsabilidade que temos com as vidas, com as orientações da Organização Mundial de Saúde, secretarias estadual e municipal de Saúde também”, observou Queiroga.

Na opinião do vereador, “para que possamos fazer a retomada dessas atividades, devemos ter um padrão das regras para volta do comércio. Estávamos na reunião da Acifi expressando a posição da Câmara sobre o assunto”. A cobrança da Câmara vai no sentido de ter informações no tocante a quais critérios serão utilizados para que trabalhadores e clientes estejam seguros.

O requerimento exige que o prefeito Chico Brasileiro informe com urgência ao Legislativo se haverá material publicitário educativo para orientar funcionários, proprietários e clientes nos estabelecimentos comerciais; quantas pessoas serão disponibilizadas para fiscalização e controle sanitário nos estabelecimentos comerciais; se haverá obrigatoriedade do uso de máscaras; e disponibilização de álcool em gel por parte dos estabelecimentos comerciais para clientes e funcionários.

Os vereadores defenderam também que qualquer posição do município no sentido de autorizar a abertura das atividades econômicas passe pela Câmara. “É ponto comum entre todos que o governo não responda à Acifi antes de ouvir o Legislativo. A entidade poderia estar pensando em criar uma plataforma online de venda e suporte neste momento”, defendeu o vereador Marcio Rosa (PSD).

A vereadora Anice Gazzaoui (PL) enfatizou que a discussão da reabertura das atividades econômicas consideradas não essenciais e como elas vão acontecer deve ser uma discussão que passe pelo Legislativo. “Na semana passada o Prefeito esteve nesta Casa, tivemos uma reunião que pautou a reabertura do comércio. E, nós vereadores destacamos a máxima cautela necessária para essa medida”, comentou.

De acordo com Anice, “é importante que a gente traga isso a conhecimento da população. Que bom que o debate foi trazido novamente para a Câmara. Essa Casa é quem regulamenta muitos recursos que estão sendo aplicados. Amanhã se começar a morrer gente quero ver se a Acifi vai se responsabilizar?”, alertou a vereadora.

Durante a discussão, a vereadora Nanci Rafagnin Andreola (DEM), citou a questão do risco de colapso do sistema de saúde, se as medidas de precaução não forem adotadas. “Minha preocupação maior com tudo isso é que nós não temos respiradores suficientes para suportar uma epidemia. Se acontecer uma emergência com 40 ou 50 pessoas, onde vamos colocar essas pessoas?”, questionou.

Segundo Nanci, “se reabrirmos o comércio quem vai sair para comprar? Acho que poucas pessoas sairão. Essa semana será complicada. Sei que está difícil, mas temos de sobreviver. Vamos devagar”, aconselhou.

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