Desemprego: em julho, Foz do Iguaçu volta a ter mais demissões do que contratações

De acordo com o Ministério da Economia, empresas que atuam na cidade fecharam 837 vagas de trabalho.

O Ministério da Economia divulgou, nesta sexta-feira (21), os novos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes ao mês de julho.

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Em todo o país, 131.010 empregos a mais foram gerados. O Paraná contribuiu com 8.833 vagas abertas. Foz do Iguaçu, entretanto, trouxe números negativos, como resultado direto da crise que afeta os principais setores da economia local: turismo, hotelaria, serviços e comércio.

No sétimo mês do ano, a Terra das Cataratas teve, no mercado formal, o registro de 1.186 contratações e 2.023 demissões, fechando o período com 837 vagas a menos (Fonte: Novo Caged, série com ajustes*).

Em junho, a Terra das Cataratas já tinha perdido 489 empregos formais (1.104 contratações e 1.593 demissões). Em maio, foram 1.387 desligamentos a mais do que admissões. Em abril, o pior mês de toda a série histórica, foram 2.998 empregos perdidos (661 contratações e 3.659 demissões).

No acumulado do ano, Foz teve números positivos apenas no mês de fevereiro, quando foram 3.142 admissões e 2.655 desligamentos, saldo de 487 empregos gerados.

Na comparação com dezembro de 2019, quando a cidade tinha 59.975 vagas no mercado formal, 6.610 empregos deixaram de existir nas empresas locais, que agora empregam apenas 53.365 trabalhadores.

O panorama para os próximos meses, infelizmente, é de continuidade da crise local, tendo em vista a estagnação do setor do turismo, o fechamento das fronteiras e a possibilidade de demissão de empregados que hoje estão com os contratos suspensos na hotelaria e na gastronomia.

Os trabalhadores autônomos e os informais, para os quais não há estatísticas, também têm sido duramente atingidos pela pandemia, o que leva Foz do Iguaçu a figurar como a cidade mais afetada entre os municípios de médio e grande porte do estado do Paraná.

Dados – Caged 2020 (série com ajustes)*:

Janeiro:
2.506 admissões, 2.591 desligamentos.
Saldo negativo de 85.

Fevereiro:
3.142 admissões, 2.655 desligamentos.
Saldo positivo de 487.

Março (início da pandemia):
2.222 admissões, 3.523 desligamentos.
Saldo negativo de 1.301.

Abril (pior mês):
661 admissões, 3.659 desligamentos.
Saldo negativo de 2.998.

Maio:
840 admissões, 2.227 desligamentos.
Saldo negativo de 1.387.

Junho:
1.104 admissões, 1.593 desligamentos.
Saldo negativo de 489.

Julho:
1.186 admissões, 2.023 desligamentos.
Saldo negativo de 837.

Saldo de janeiro a julho:
11.661 admissões, 18.271 desligamentos.
Saldo negativo de 6.610.

Postos de trabalho em 1º de janeiro:
59.975.

Postos de trabalho em 31 de julho:
53.365.

* Fonte: Ministério da Economia / Caged. Os números dos meses anteriores podem sofrer mudanças para mais ou para menos, em razão de atualizações na base de dados.

Jornalismo RCI.