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Foz do Iguaçu define Plano de Contingência para reabertura da Ponte da Amizade (13/10)

Postado em 13/10/2020 por

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*Fonte imagem : Foz do Iguaçu define Plano de Contingência para reabertura da Ponte da Amizade (13/10)*


Documento prevê criação de 70 novos leitos de UTI, aquisição de equipamentos e contratação de equipes médicas.

Imagem: Reprodução.

A Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu divulgou, nesta terça-feira (13), o “Plano de Contingência para a Reabertura da Ponte Internacional da Amizade”, elaborado em conjunto com o Governo do Estado do Paraná. A retomada da circulação fronteiriça está prevista para quinta-feira (15). O documento, que prevê ações de enfrentamento à pandemia do novo coronavírus e à dengue, será enviado ainda hoje ao Ministério da Saúde.

O plano prevê, entre outros pontos:
– a criação de 70 novos leitos de UTI Covid, sendo 50 no Hospital Municipal e 20 na Macrorregional Oeste (que inclui as regionais de Toledo, Cascavel, Francisco Beltrão e Pato Branco);
– implantação de uma unidade móvel na cabeceira da Ponte da Amizade para triagem dos pacientes;
– ampliação da testagem, com aquisição de insumos para exames;
– compra de novos equipamentos, como camas elétricas, monitores, ventiladores pulmonares, aparelhos de ultrassom;
– contratação de equipes, incluindo médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem.

Os cálculos para a ampliação da estrutura levam em consideração a média populacional do departamento do Alto Paraná (Paraguai), onde vivem cerca de 736 mil habitantes. Deste total, estima-se que 96 mil sejam brasileiros. Somados à população da 9ª Regional de Saúde (430 mil habitantes), foi estabelecida a necessidade de cobertura hospitalar para 1,2 milhão de habitantes.

“Tendo em vista que o Governo do Estado adotou o critério de um leito de UTI para cada 10 mil habitantes, nós precisaríamos acrescentar 70 leitos na nossa rede para dar conta do atendimento. Para a ampliação no Hospital Municipal, teremos que realocar os casos leves de trauma para outro hospital”, adiantou o vice-prefeito, Nilton Bobato. O custo mensal da nova estrutura seria de R$ 6,3 milhões, além de R$ 7 milhões em investimentos (equipamentos e insumos).

Novas equipes

O Ministério da Saúde se propôs a disponibilizar um cadastro de profissionais médicos do país para que o município faça a contratação. “Não há uma política nacional de contratação direta, ou seja, não existem instrumentos legais para ajudar com pessoal, por isso estamos cobrando estas garantias para buscar soluções”, ressaltou Bobato.

A maior preocupação, segundo ele, é com recursos humanos no enfrentamento à pandemia. “O sistema de saúde não dará conta sem a estrutura e o maior problema não é financeiro, mas a falta de recursos humanos no Paraná como um todo. Não há médicos intensivistas e profissionais com experiência em UTI disponíveis. O Governo Federal assumiu o compromisso deste financiamento, mas sem os recursos humanos, não conseguiremos viabilizar tudo isso”, ressaltou.

Demandas

Para o diretor de gestão de saúde da Secretaria de Estado do Paraná, Vinicius Filipak, é preciso avaliar a demanda de paraguaios e brasiguaios que buscarão atendimento em Foz.

“É uma tarefa grande, de muita responsabilidade, mas que juntos conseguimos fazer. Nós temos 11 milhões de habitantes no Paraná e não tivemos falta de assistência para essas pessoas. Foz tem uma estrutura muito forte, por isso acreditamos ser possível trabalhar com esse quantitativo. Criar leitos não é algo simples, vamos tentar achar equilíbrio para ver quanto de fato virá com essa demanda”, afirmou.

O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu é referência para casos de covid-19 em toda a região, sendo também unidade sentinela de vigilância epidemiológica. O local dispõe, atualmente, de 40 leitos de UTI Covid e 40 leitos de enfermaria, além de 12 leitos de isolamento transitório.

A estrutura é complementada pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti, mantido por Itaipu, que conta com outros 30 leitos de UTI Covid, além de 24 vagas para casos de menor complexidade. Há a reserva, ainda, de cinco leitos em São Miguel do Iguaçu, para uso por pacientes da regional em caso de necessidade.

Para ler o Plano de Contingência, na íntegra, clique aqui.

RCI, com informações da Prefeitura Municipal.

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